"Que bom que está aqui, doutor. A cocaína é maravilhosa. Estou feliz de que tenha encontrado o medicamento certo. Livre-me mais uma vez dessas dores de cabeça".
A frase acima está registrada em um relatório de 1944 do Dr. Erwin Giesing, otorrinolaringologista militar alemão.
Ela foi proferida por Adolf Hitler.
Entre 22 de julho e 7 de outubro de 1944, num espaço de 75 dias, Hitler recebeu mais de 50 doses de cocaína concentrada.
Elas eram pinceladas diretamente nas mucosas da garganta e do nariz.
O tratamento com cocaína começou quando o Führer sofreu um atentado a bomba na "Toca do Lobo"(seu bunker particular) pelo Coronel Claus von Stauffenberg — tema do filme "Operação Valquíria".
Mas a relação de Hitler com as drogas é bem anterior.
O Dr. Theodor Gilbert Morell, seu médico particular, acostumara o Führer a receber, diariamente, injeções de glicose com "vitaminas".
Hitler chamava isso de "injeções de energia”— e ele recebia várias vezes ao dia.
O Führer passou a carregar Morell para todos os lados e logo tornou-se movido a drogas.
Elas eram o seu combustível diário e substituíam até a comida.
Seus discursos inflamados eram movidos a drogas.
Seus gestos violentos eram movidos a drogas.
Seus gritos estridentes eram amplificados com drogas.
Até mesmo as revistas ao exército, com uma energia incólume para marchar, o braço levantado por um tempo sobre-humano, impassível no frio — eram as drogas.
"Ele, sozinho, é o inexplicável segredo e o mito do nosso povo", dizia Goebbels — e lá estava o Dr. Morell, injetando drogas.
Ao fim da guerra, viciado em altas doses de cocaína, mesmo quando as seqüelas do atentado tinham passado, Hitler ordenava incursões suicidas contra o exército dos Aliados e irritava-se quando era desaconselhado — decisões irracionais tomadas à base de drogas.
Em alguns desses momentos, o Dr. Giesing relata que ele pediu tanta cocaína que chegou a perder a consciência.
Ou seja, quase morreu de overdose.
Hoje, quando tantos defendem a absurda liberação total das drogas em nosso país, é bom recordar esses fatos: boa parte das decisões de Hitler e dos estragos que ele causou eram movidos a drogas.
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