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Nossa crise é moral, mas também é estética


A feiura, o degradante e o vulgar tomaram conta do mundo. Vivemos em uma atmosfera cultural medíocre e vil, que, com soberba e superficialidade, perdeu o sentido da grandeza, da excelência e da nobreza de espírito.


Nossa crise é moral, mas também é estética. Presenciamos a desintegração da ideia da beleza, da elegância, do refinamento e da distinção.

O desprezo e o rechaço pelo mundo das formas é evidente na literatura, no cinema, nas artes pictóricas, na música, na moda, na linguagem e na própria postura corporal.

O igualitarismo democrático moderno exalta a espontaneidade, a imediatez e o cool. Uma falsa e perversa ética da descontração, da moleza, da malandragem e da baixeza domina as mentes e os corpos.

Como resultado desta frouxidão e desta estética da desenvoltura e do impudor, elimina-se a noção da educação e da cultura como formação da alma, como o espaço e o tempo privilegiados em que o indivíduo, com ajuda de um mestre experiente e maduro, imprime uma forma à matéria bruta de sua interioridade; entrando em contato e descobrindo a riqueza de sua herança espiritual e civilizacional.

A rebelião contra a beleza e a recusa da aprendizagem e contemplação das formas degrada o homem. A ordem e harmonia são necessidades fundamentais da alma, sem elas somos invadidos e contaminados pelo lamaçal aquerôntico de bizarrices e deformidades despejadas pelas potências da subversão mundial.

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