Aristóteles dizia que a política e as decisões para a vida em sociedade deveriam ser tomadas por homens maduros, não por jovens levados ainda pelas paixões e emoções.
Mas ele adiciona: essa imaturidade não é apenas da idade, mas também da personalidade (pode haver jovens na idade, mas maduros; e também o contrário).
De ontem para hoje, a internet foi tomada por uma notícia bizarra: existe um movimento de adultos replicando ações de criancinhas, como usar chupeta e fraldas descartáveis, na tentativa de fugir dos estresses da vida.
Adultos de chupeta — vejam só.
No mesmo mundo que elimina crianças ainda no ventre e declara isso como “direito humano”, no mesmo mundo em que existe um movimento de “mães arrependidas”… surgem os “adultos de chupeta”.
São essas pessoas que estão opinando na vida pública sobre fazer ou não lockdown, sobre obrigar os outros a se vac[censurado] e criar “passaportes sanitários”, sobre se uma criança na barriga da mãe é vida ou não é…
A pressa e a falta de análise com que decisões são tomadas diariamente, afetando milhares e milhares de pessoas, simplesmente impondo, com autoritarismo e sem reflexão, o que uns poucos desejam impor — esse tipo de coisa só é possível numa sociedade em que existem “adultos de chupeta”.
Mas essa infantilização da vida adulta não é de hoje: todo o movimento de romper com obrigações familiares, deveres morais e responsabilidades sociais (aqui entrando também as responsabilidades penais), tudo isso já era o fim da vida adulta pela liberação total das “correntes opressoras” de uma coisinha chamada razão, inteligência.
Usar chupeta, meu velho, é apenas o sinal externo de uma vida de irresponsabilidades que é a marca registrada da atual sociedade.
E enquanto surgem os adultos de chupeta, as crianças de verdade são achincalhadas em sua inocência, quando não simplesmente eliminadas pela sociedade que deveria cuidar, proteger e educar cada uma delas.
Não estranhe se você achar que isso é sintoma de decadência civilizacional: na verdade, a civilização nisso já acabou.
Precisamos fundar a nova em cima dos escombros — quem tenha maturidade para fazê-lo, como dizia Aristóteles, e que já tenha saído das fraldas.
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