Tem aquele verso de Drummond que se tornou um amigo e um mestre pra mim:
“O amor é isso que você está vendo”.
Já vi muitas definições de amor, mas nenhum tão... tão assim. Tão simples e cativante - como são as coisas de amor.
Talvez Drummond nem estivesse pensando nisso, mas ele me faz pensar: O amor não está nos teus delírios e devaneios, mas nisso que você está vendo. Não está na melhor pessoa que a pessoa que você ama poderia ser, mas nessa aí que você está vendo. Não está nas férias na Patagônia (ou talvez esteja, também), mas está aí, agora, na casa que precisa de faxina. O amor é isso que você está vendo: essa rua mal iluminada, essa casa bagunçada, essa pessoa irritante, essa pessoa querida, esse Deus sempre desconhecido e, no entanto, sempre presente.
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