Você já sentiu, alguma vez, que as decisões dos políticos e autoridades em geral não estavam de acordo com os desejos do povo?
Trata-se da famosa CRISE DE REPRESENTATIVIDADE, que fundamenta a distinção entre poder LEGÍTIMO e ILEGÍTIMO.
Isso é uma questão antiga, mas parece cada dia mais atual.
Max Weber (1864-1920) já havia levantado essa lebre, ao diferenciar as duas coisas.
O poder legítimo é aquele que conta com a aprovação popular (poder de direito). O poder ilegítimo é aquele imposto pelo uso da força (poder de fato).
O poder legítimo está de acordo com os anseios do povo. Já o poder ilegítimo utiliza o monopólio da força contra o povo.
Isso pode ser feito mediante arroubos autoritários e até mesmo por meio da deformação das leis e da Constituição para impor uma vontade de meia dúzia de burocratas de ocasião a todo um povo subjugado.
Assim, o interesse público não se confunde com o de seus governantes ou burocratas. Os anseios do povo não podem ser IMPOSTOS por uma pessoa ou instituição, mediante coerção. Quando isso ocorre, temos um poder ilegítimo, em desacordo com a vontade popular, atropelando a democracia.
Portanto, um ato praticado por um poder ilegítimo é o que verdadeiramente se pode chamar de ATO ANTIDEMOCRÁTICO.
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