Parte 1, aqui.
Sigamos – Ontem começou a formar-se uma chapa na incipiente oposição mais pendente à direita. Se você não entende o que isso quer dizer, pesquise por Direita, Conservadorismo no Site. Eu já disse em programa de rádio que chamar de oposição de fato todo o grupo dos que alegam ser é confundir, e muito, quem é quem.
Uns esperam apenas a vez de ocupar o Palácio, ou o Senado (ou a Câmara) para continuar com as mesmíssimas práticas dos que talvez percam seus lugares; afinal viver no ambiente enviesado de décadas, sem “tratamento”, “detox” por vontade, sequela qualquer um, falando ou fazendo como enviesados, embora não queiram.
Outros até parecem ter bom propósito, mas ingênuo, por não saberem dimensionar, avaliar a extensão danosa do “regressismo” e seus serviçais fieis, além dos demais autoproclamados oposição que, experimentados no ambiente, não terão pudor de criarem obstáculos (organizando outra frente para perder, barganhando apoio posterior em um segundo turno, ou se unirem a quem dizem repudiar).
A chapa que se configura na foto do dia 6 de junho: Gilson Machado a senador, Clarissa Tércio, ou Coronel Meira a Governador e talvez o Alberto Feitosa, ali “pelas beiradas”, a renovar o mandato, ou tentar uma candidatura a federal, indo para o PTB.
Clarissa e Feitosa estão PSC, Meira está filiado ao PTB e presidente estadual da legenda, Gilson está Ministro do Turismo.
Hoje, dia 7, pela manhã, a deputada Bia Kicis e Meira estiveram conversando com Clarissa para afunilar, aproximar e saber das possibilidades de ela ser pré-candidata a governadora, vice, ou mesmo tentar a reeleição, estando no partido do Coronel. Neste momento parece-me garantido seu retorno à Alepe. Quaisquer outras possibilidades são muito mais arriscadas de não se concretizarem por conta dos motivos apontados na parte 1 do Dobrando à Direita, sobre o assunto.
Para além disso, o que cada um vale no cenário do momento:
Gilson tem tido bastante participação em vários estados, por causa de suas atribuições, mas pouca em Pernambuco. Se é para valer, o tempo é este mesmo, pré-junino e aparecer em diversos programas de rádio, TV, ter presença nas manchetes - o "basicão".
Ainda, andar pelo estado e conversar muito com lideranças nas cidades, que provavelmente são mais ligadas aos não-bolsonaristas (estes sendo mais firmes em decidir pelos que estão ao lado do presidente, algo que aqueles são pouco ou nada. É preciso ter os dois públicos); Meira tem trânsito em setores direitistas e tal qual Gilson precisa fazer o mesmo, caso seja o pré a governador; Clarissa tem mais vantagem pela função desempenhada e o público religioso que a cerca. Nenhum dos dois, Clarissa e Meira, por si mesmos, possui força suficiente para fazer frente à máquina esquerdista e a “manha” dos fisiológicos de plantão, daí o tripé:
1. junção dos dois (ou de um terceiro, com Meira apoiando, ou em outra postulação) já; 2. cessão da vez do Miguel (um terceiro), ou do Anderson (outro terceiro) e; 3. presença de Bolsonaro, ou um dos filhos, de preferência o Eduardo – nessas condições equilibrariam o jogo. Quem deu o primeiro passo apressa os outros, neste caso – Miguel Coelho, Anderson Ferreira, Raquel Lira, que tratavam sinuosamente sobre o assunto com os: quem sabe, vamos ver, estamos conversando, etc., após ontem, já estão na correria. Como eu sei? Sugiro a leitura dos sites, blogs por aí e verá que tenho razão. A autoproclamada imprensa eletrônica, aquela faca de dois gumes dará conta do ocorrido ou no que é (dois ou três fazem), ou no que aumenta, chamando um de A e outro de B, mas sendo ambos do mesmo lado.
Como “é notícia”, o fato dos quatro da foto vai repercutir por uns três ou quatro dias, ou até a próxima manchete. O que Meira e Clarissa (e Gilson) podem suspeitar – que precisam de muita avaliação de si de dos outros; o que podem estar pensando – naquele papo de Coach: “Você é bonzinho; seja você; mentalize seu alvo e faça força..., estamos bem no estado; é só dar uma visitinha aqui, outra acolá”. Fora desse mundo fantasioso ou das suspeitas, deveriam avaliar fortemente o quanto custa juntar, ou completar um staff adequado (pensa e faz) com as ações semanais e se têm esse. Por fim, este texto tem público definido (já temos centenas de dadores de "pitaco" da imprensa eletrônica voltada aos enviesados) e a ausência de mais observadores (ao menos perceptíveis) acaba por limitar a uma opinião o que interessa aos que estão a “droite”.
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