A imprensa e especialistas europeus dão como “inevitável” o ataque de Putin à Ucrânia. Estão certos? Bom, ninguém sabe 100% o que está na cabeça de um KGB como Putin, um homem que circulava livremente na STASI. Estaria ele blefando por conhecer a tibieza dos líderes ocidentais?
Sim, há chance de ser um blefe, boa chance até. Mas ninguém pode negar que a Rússia nunca abortou sua política expansionista. A situação ficou mais evidente quando o ditador russo começou a mostrar contrariedade com a proximidade da Ucrânia com a OTAN.
Putin demonstrou, até agora, total desprezo pela diplomacia apresentada por países ocidentais de líderes sabidamente fracos - que só são machões quando se trata de desrespeitar seus cidadãos e suas democracias. Putin sabe disso. Ele sabe também da dependência europeia do seu gás.
Putin é um estrategista nato, forjado na escola do ‘comunismo raiz’. Em que o poderio militar pode impressionar e impor suas pretensões e, como tal, sabe que a lei do mais forte nunca deixou de vigorar. Como dizem lá em Minas Gerais, “assombração sabe para quem aparece”.
Mas, contudo, todavia e porém… Como todo ditador, Putin poderá surpreender e ter percebido que, como “exagerou na dose” deve continuar tocando sua investida beligerante. Prováveis sanções ocidentais ajudarão na tarefa de dissuadi-lo? As questões são muitas.
Os próximos dias dirão se, numa movimentação espetacular de pré-guerra e sem dar um tiro, o russo conseguirá afastar a OTAN da Ucrânia e enfraquecer seu poderio militar na Europa. Ele tem a China como aliada e conhece a covardia dos líderes atuais europeus e do senil americano.
O reconhecimento da independência de Donetsk e Luhansk na Ucrânia, feito por Putin obtém, foi mais uma cartada do russo. Ele não cederá até que consiga seus objetivos. Putin usará sua caneta e exército para tal. O final do imbróglio pode demorar.
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