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Sobre divergências


Quando criança, meus amigos e eu divergíamos com frequência. Vamos jogar bola? Vamos ao jornaleiro? Vamos jogar botão ou Banco Imobiliário? As opções eram poucas mas sempre havia interessados em uma ou outra coisa. Invariavelmente a maioria se decidia por alguma atividade, mesmo que empurrada à decisão por algum gênio mais forte ou alguma teimosia momentânea.


E todos iam fazer o que o grupo decidiu porque ninguém tinha ali horror a qualquer das atividades. Apenas preferências. Se eu preferia numa ocasião jogar botão eu iria me divertir no Banco Imobiliário também.

No campo político isso também ocorre e se dermos um passo para fora e observarmos o cenário veremos que há motivos para alegria nas divergências. O que não é saudável são os excessos. Como sempre, detalhes importam e muito.

Temos no governo nosso presidente Bolsonaro. Ele cometeu erros, como eu cometeria se lá estivesse. Aceitar que ele cometeu eventuais erros é mera aceitação da verdade. Todavia, seus erros foram de reduzida magnitude se comparados aos erros de seus antecessores.


Estes foram criminosos onde Bolsonaro é honesto. Essa diferença é brutal. Seus erros tem relação com a condução da guerra cultural, basicamente. E daqui de fora não posso avaliar se foram erros intencionais ou forçados, pois a guerra cultural está numa esfera distinta da guerra política e esta última é a trincheira onde Bolsonaro está atuando agora.

Algumas críticas a aspectos ideológicos do seu governo são então pertinentes. E isso gera algum distanciamento que amanhã vai gerar a ascensão de lideranças conservadoras diferentes. E isso é sensacional, simplesmente. Antes que os mais afoitos queiram me apedrejar, sigam lendo.

Eu sou conservador e é o que eu defendo, ideologicamente. Portanto acima do apoio feroz que dedico ao governo Bolsonaro está meu apoio ao conservadorismo e é assim que as coisas devem ser.


Bolsonaro é o primeiro presidente conservador do Brasil e por isso merece meu apoio. Dou graças a Deus por termos um presidente assim e por ele ter sobrevivido à facada que pretendia eliminá-lo da disputa. Mas se ele sair de cena, o que teremos? Eu seguirei trabalhando pelo conservadorismo, pois é esse o caminho. Outros nomes terão que surgir e vou apoiar o que for melhor na ocasião.

No momento, todavia, a força política de direita se resume ao Bolsonaro e digo que estamos bem representados, com uma miríade de feitos excelentes. Em 2022 vai ser Bolsonaro contra a esquerda, seja lá que sabor apresentar, e venceremos certamente se pudermos fazer a contagem pública dos votos. Senão, vamos ser roubados na mão grande.

No futuro mais distante deveremos ter outros nomes de direita na política e é aqui que eu queria chegar. A existência de nomes diversos vai permitir que eleitores com vieses diversos possam votar na direita. Vai reduzir a chance dos fisiologistas e canalhas de centro. Teremos no futuro a disputa entre diferentes sabores de direita e isso é excelente.

Quero que os mais radicais possam se deslocar e agrupar numa força específica e da mesma forma as demais vertentes. E que possamos sempre agir em bloco quando necessário, contra a esquerda.

Termino repetindo: É Bolsonaro em 2022! Foi ele em 2018 que nos tirou do ciclo destrutivo da esquerda e ele tem meus aplausos e meu apoio.

Tem minhas críticas também, como qualquer governante terá. Críticas construtivas e discretas pois a guerra é assimétrica. Minhas pedras eu guardo para a esquerda.

Que o conservadorismo cresça e floresça.


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