Vivemos em um tempo sombrio e não podemos negar o que está acontecendo.
Quando começamos a olhar com um pouco mais de cuidado e atenção o que acontece a cada dia, percebemos que o mundo volta-se cada vez mais contra a vida normal.
Veja que é recorrente as pessoas ficarem presas em casa e impedidas de trabalhar e, quando isso é desobedecido, a violência usada contra essas pessoas é maior do que a utilizada para combater verdadeiros infratores e bandidos.
As pessoas confiam menos nos políticos e nos burocratas, nem acham que eles são capazes de resolver os problemas de suas vidas.
Em outras palavras, a confiança que deveria existir numa sociedade sadia está ficando rara por aqui.
Em que momento um pretexto genérico de "interesse público" passou a justificar todas as medidas contra a dignidade fundamental das pessoas?
Como elas deixaram de existir para os governos e aqueles que deveriam pensar no seu bem?
Como o poder passou a ser incontestável?
Está mais do que evidente que não vivemos em uma situação normal.
Não deveria ser normal ouvir que as pessoas “precisam engolir”; que “é o que tem para hoje” ou então que “o choro é livre”, enquanto elas começam a amargar as conseqüências de medidas irrazoáveis: a passar fome, a ficar desempregadas e até mesmo ser impedidas de sepultar decentemente seus entes queridos.
Mas é isso que estamos ouvindo diariamente, como se essa fosse a nossa vida.
Como se isso pudesse ser vida.
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